De noite. Em casa. Com fome. Eu.
E como é o estômago que move o mundo, resolvi vasculhar meu depósito de porcarias na procura… enfim, de alguma porcaria. Achei um Club Social.
Pensando sobre o que escrever, começo a ler os ingredientes – depois que você corta alguns tipos de alimentos de sua dieta, nunca é demais ler essas coisas. Eis que leio: “ingredientes: farinha de trigo, gordura vegetal, … blá, blá, … Pode conter traços de Proteínas de Soja e Leite.”
O que? Pode conter? Eu já tive essa discussão com a menininha Mary Jane, e não chegamos a uma conclusão final.
Vasculho mais um pouco meu armário e fico mais uma vez surpreso que ao comer Kisses eu também posso estar ingerindo “vestígios de amêndoas, frutos secos e glúten” (eu nem devia ter comprado esse chocolate… além da empresa ser americana esse troço tem transgênicos!)
Penso comigo “ainda bem que é amêndoas e não carne moída”. Ou como supomos na época: “Pode conter vestígios de cartilagem humana, unha e escreta nasal”. Não, obviamente eles jamais iriam admitir isso, mas também fica difícil acreditar que a máquina de chocolate com amêndoas fique cuspindo amêndoas na de cholocate puro. Ou que o operador da máquina tome leite na hora do trabalho.
Afinal, porque isso ocorre? Podemos confiar na lista de ingredientes dos produtos que consumimos? A Sandy é virgem? Os EUA irão ganhar a guerra? Estas são perguntas que talvez só os filhos dos nossos filhos consigam responder (e uma outra maneira de dizer que eu também não sei).
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Meus parábens Henrique: o contador voltou a funcionar. E obrigado por me deixar fazer parte desta seleta roda de magníficos escritores, artistas e nerds.
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