No feriado fui pra São João del-Rei. Foi inesquecível! Nunca me senti tão descansado e em tanta paz quanto no momento em que estava em minha cidade natal.
Pude perceber a alegria de meu pai, que agora parece estar mais presente, mais feliz, mais descansado e despreocupado. Meus irmãos Lucas e Iara, filhos de meu pai, estão enormes! O Lucas tá com um cabelo grande, estilo Meligeni, muito da hora!
No sábado fiquei ajudando minha mãe no discurso que ela fez no domingo sobre o patrono de sua cadeira no Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei (IHG). Seu patrono é o meu avô materno: Sebastião de Oliveira Cintra. Ficamos olhando seus manuscritos, documentos, certificados, anotações e recortes de jornais. Ainda vou postar aqui o texto que minha mãe escreveu e tenho em mente a idéia de fazer o registro digital de todo o arquivo de anotações do vovô. À noite fui com meu pai no Fishs, comemos peixe e assistimos o jogo do Brasil.
O discurso de minha mãe foi muito bonito, filmei tudo em fita. O IHG estava cheio, até o Marcelo e a Chuva foram. Almoçei com meu pai e meus irmãos Lucas e Iara. O restaurante é um novo restaurante e no mural dele tinha impresso algumas páginas do meu site sobre São João del-Rei…
Domingo fez um calor de rachar, fui com o Diogo na sorveteria do Edinho. Já de tardinha encontrei a Tati na sorveteria do centro. Dei pro Jonas toda minha coleção de latinhas (de refrigerante, cerveja, suco, chá, vinho, pinga, etc.), em torno de 350 em minha última contagem, há 5 anos. Ficava tudo guardado lá no meu quarto, eu não moro mais em SJdR e o Jonas começou a colecionar junto comigo, sempre quis algumas latinhas que eu tinha e as latinhas dele ficam em estantes de vidro no quarto dele, tudo organizado.
Segunda feira foi um dia de ociosidade, de descanso. Tirei todos os meus pertences do meu quarto, tirando minha lupa e um envelope com selos, que não sei onde o Bernardo colocou. Guardei tudo no quarto da Ananda. Aproveitei e arrumei as roupas do Bernardo, que estavam todas jogadas no chão, nas camas (minha e dele), na escrivaninha, na cadeira e em cima da cômoda e do criado mudo. Separei as minhas, que ele estava usando, as que não serviam mais nele, as novas, as que estavam limpa e o resto tudo coloquei pra lavar.
Fiquei extremamente decepcionado com o Bernardo… ele perdeu totalmente a noção de respeito, de família, de propriedade. Usa secador de cabelos para secar roupas, usa cremes e desodorantes de minha mãe, usa minhas roupas. Abriu o meu cofrinho, mexeu em minhas coisas, sumiu com alguns de meus selos. No quarto dele tinham 4 toalhas jogadas, ele toma dois ou três banhos por dia. O quarto é uma bagunça, ele não faz tarefa, perdeu média, falta aulas, usa Internet de dia, apagou minhas fotos que estavam no computador, apagou programas que minha mãe usa na tese de doutorado que também estavam no computador. Ele não respeita nossa mãe, xinga, responde, ameaça e não faz absolutamente nada que ela pede. Está grosso, sem educação, sem respeito.
Me bateu uma tristesa muito grande em ver meu irmão assim. Eu não sei o que fazer para ajudá-lo. Na minha opinião ele está com baixa estima, não tem organização e não liga para seus pertences (livros, roupas, brinquedos, etc.) pois está tudo bagunçado e destruído. Ele não é feliz, isso é fato. Ele acha que nossa mãe não gosta dele, acha que ela trata ele de maneira diferente que tratou eu, a Ananda e o Gabriel. Talvez ele não se sinta bem por seu pai não estar com boa situação financeira ou bem de saúde. Ele é invejoso, só olha para as qualidades de seus amigos e irmãos e não vê suas próprias qualidades. Ele é ocioso, fica o dia inteiro em casa, sem estudar, sem trabalhar, sem ler… sem fazer algo produtivo. O adjetivo que descreve ele é “ingrato”. Ele não percebe como as pessoas gostam dele e querem ajudar, só vê os pontos negativos, as proibições, as broncas, as negações… Além disso ele é cabeça dura e não aceita a opinião dos outros e nem sequer pondera que precisa de ajuda.
Fico pensando o que o Bernardo vai fazer daqui a 2, 3 anos. Ele já tem 17 anos e está no 2º ano. E se ele não fizer vestibular? E se ele não passar em nenhum vestibular? E se ele for morar fora e se acabar em bebidas e drogas? E se ele ficar na casa de nossa mãe e se tornar um vagabundo, ou um bêbado, ou um drogado? Sempre penso no pior. Tento imaginar quais os caminhos para ele ser sucedido na vida, como entrar em uma boa faculdade e ter condições de cursar a faculade de maneira responsável.
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