São João del-Rei eleita Capital Brasileira da Cultura 2007
A cidade de São João del-Rei, Estado de Minas Gerais foi eleita hoje (31/3) como Capital Brasileira da Cultura 2007, após concorrer com as cidades de Mariana (MG), Mossoró (RN), Santa Maria (RS) e Santa Cruz Cabrália (BA).
O Comitê Julgador que analisou as candidaturas ao título, reuniu-se nesta 6ª Feira à tarde na sede do Ministério da Cultura em Brasília para eleger a vencedora e esteve constituído por:
>> Célio Turino ? Secretário de Programas e Projetos Culturais do Ministério da Cultura;
>> Maria Luisa Campos Machado Leal ? Secretária de Programas de Desenvolvimento do Turismo ? Ministério do Turismo;
>> Danilo Santos de Miranda ? Diretor Geral do SESC no Estado de São Paulo;
>> Grace Elizabeth ? Coordenadora Geral de Promoção do Patrimônio Cultural ? IPHAN
>> João de Arruda Falcão ? Secretário Municipal do Patrimônio, Ciência, Cultura e Turismo de Olinda;
>> Mário Vendrell ? Diretor Executivo da Organização Capital Brasileira da Cultura.
São João del-Rei é uma das mais antigas cidades de Minas Gerais, completou 300 anos em 2005, tem uma população de cerca de 80 mil habitantes e possui um importante patrimônio histórico, tombado em 1943 pelo IPHAN, que permanece preservado.
A cidade possui uma atividade cultural efervescente, com duas orquestras bi-centenárias, Lira Sanjoanense e Ribeiro Bastos, responsáveis pela grande tradição da música sacra. Tem uma rica programação cultural, com inúmeros eventos distribuídos ao longo do ano, onde destaca-se o Inverno Cultural, muitas festividades populares e também religiosas, notadamente na Semana Santa.
São João del Rei tem inúmeras igrejas de estilo barroco mineiro, caracterizado pela opulência dos altares dourados e a profusão de detalhes arquitetônicos e ornamentais. Destacam-se a Catedral-Basílica do Pilar (1721) e as Igrejas do Rosário (1720), do Carmo (1733), Mercês e Bonfim (1769) e São Francisco de Assis (1774). As igrejas de São João del-Rei tem um interessante e peculiar sistema de comunicação através dos sinos. Sabe-se, por exemplo, pelo repique, dobre ou toques onde será realizada a solenidade; se haverá procissão; hora da missa, quem será o celebrante e muitas outras informações. Nos dobres fúnebres fica-se sabendo se a pessoa falecida era homem ou mulher e até mesmo qual será o horário do funeral.
Além das igrejas, encontram-se também na cidade ricos exemplares da arquitetura colonial mineira. O Paço Municipal (Prefeitura), Casa do Barão de Itambé, os solares do Barão de São João del-Rei, da Baronesa de Itaverava, dos Lustosas, dos Neves, o casario da Rua Santo Antonio e muitos outros. Há também o Pelourinho (lembrança da férrea Justiça Colonial), o Museu Regional, o Chafariz da Legalidade, as pontes da Cadeia e do Rosário, a antiga estação ferroviária com a Maria Fumaça que faz um trajeto turístico até Tiradentes e o monumento ao Cristo Redentor, onde se tem uma visão geral da cidade.
Nas festividades, o são-joanense preserva a memória de seus habitantes mais ilustres: Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, Mártir da Independência e Patrono Cívico da Nação Brasileira; Bárbara Heliodora Guilhermina da Silveira, a heroína da Inconfidência, e o ex-Presidente da República Tancredo de Almeida Neves, que nasceram na cidade e que marcam a história do Brasil.
São João del Rei é a segunda cidade eleita como Capital Brasileira da Cultura. Olinda é a CBC do ano 2006.
O projeto Capital Brasileira da Cultura tem o apoio institucional do Ministério da Cultura, do Ministério do Turismo e da UNESCO.
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