Era uma vez uma Chuva. Não a Chuva da Montanha, uma chuva comum. Melhor… deixa a chuva pra lá. Esquece a chuva… por enquanto.
Era uma vez uma fazenda, no Inverno. Nela não chovia… nem uma gota. Vez ou outra caia um leve sereno, mas nem chegava a molhar. A situação já era crítica. Aos poucos a vida foi ficando difícil de se manter: a horta com as leguminosas, o pasto para as cabras, o córrego dos peixes… Se não fosse pela irrigação não restaria um único pé de couve na horta para contar a história.
Era só o verão chegar que começava a chover. A salvação para todos os problemas, a divina chuva que molha e enriquece. Parecia que tudo estava resolvido, mas a chuva não parava. E a chuva vira problema. Os peixes cansam com a corredeira, as leguminosas se afogam e as pobres cabras adoeçem por ficar molhadas.
A chuva que tanto foi esperada agora é a chuva que coloca a fazenda em apuros. “Eu quero uma chuva regular, nem muito nem pouco!” – dizia o fazendeiro. Mas a Natureza é perfeita, o verão acaba e com o verão acabam-se as chuvas. Pobre fazendeiro, que não compreende as vontades da Deusa.
Sábio é o fazendeiro que nunca deixa a água faltar em sua fazenda, sabendo administrar as forças da Natureza.
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