Que dia foi a quinta feira… saí da república às 2:00 e 2:08 já tava na rodoviária. Existe um lapso de tempo nos ônibus da Cometa pra São Paulo, o último tinha sido às 12:05 e o próximo seria às 5:05! Felizmente tinha um ônibus da Empresa Cruz às 2:35, que foi minha salvação. Nunca dormi tanto em uma viagem, nem na parada eu acordei!
Valeu a pena, 6 horas eu tava no terminal rodoviário do tietê, indo pra lá e pra cá atrás de informação. Foi no próproio guichê de informações do terminal que me disseram que eu tinha de pegar o metrô sentido Jabaquara, parar na Santa Cruz, pegar um ônibus pra Vila Arapuá (476H) e descer no final da rua Epiacaba. Bem diferente do caminho que o Franssatto tinha me dito, mas prefiri confiar no terminal e encarar o metrô. Os taxistas já tinha me assustado dizendo que eu tinha que ir pra lá ou pra cá… cada um com uma idéia e informação diferente.
Às 6:28 eu peguei o metrô, cheguei lá no Shopping Estação Santa Cruz e dei uma volta no quarteirão, até descobrir que o ônibus que eu precisava estava do outro lado da avenida, em frente ao shopping. Fiquei um tempão esperando, até que parou uma van que ia pra lá. Encarei.
Puta adrenalina a van. Eles se comunicam por rádio entre as vans e os vendedores de passe, sabem onde está cada outra van e cada ônibus da linha e tentam chegar antes que os ônibus. O carinha corria tanto! Cortava ônibus a 80 por hora, passava correndo no meio de dois carros em espaços que eu não passo nem com o corsinha, corria feito um louco pelas ruas calçadas e ultrapassava qualquer tipo de veículo pela contra-mão ou por cima da faixa de divisão das duas pistas. Adrenalina pura! Deve ser normal isso em São Paulo, pq os carros iam saindo da frente quando viam um louco desembestado em uma besta correndo pelo meio de uma rua. Adrenalina pura. Pra apimentar um pouco mais a viagem, fomos passando em um bairro cheio de barracos, sem um único prédio ou casa com alguma pintura acabada. Nessa hora eu pensei: putz, a van vai me deixar no meio de uma favela e vou ter de andar a pé até a empresa, de terno?
Já eram 7:30 e eu não acreditava mais que conseguiria chegar a tempo. Estava pensando em como ligar do meu celular pra empresa falando que chegaria atrasado sem chamar atenção e roubarem meu celular. Felizmente 10 minutos depois paramos no ponto final, o último ponto da rua Epiacaba. Perguntei prum fiscal do ponto como chegava na rua Karam Salim Racy e ele disse: “vira a esquerda aqui [apontando pruma rua], sobe o escadão no final e já tá lá” eu cheguei a perguntar se dava pra ir a pé ou era longe (afinal, já eram 7:40) e pensei que ele fosse me bater! Andando uns 200 metros e subindo uma escadinha que da maneira que o fiscal disse pensei ser uma escadaria interminável, entrei numa realidade paralela. Uma praça arborizada, com carrões estacionádos, uma empresa à esquerda e um grande prédio no fim. Era esse último o prédio da KSR, onde eu deveria ir.
Na recepção encontrei os caras que estavam na última entrevista e mais alguns outros que não conhecia. Por volta de 8 horas fomos pruma sala súper chique, com um bar cheio de vinhos chiques, onde fizemos a entrevista com os dois gestores, um de cada vaga uma das vagas que nós 13 estávamos disputando. Infelizmente minha ausência de experiência profissional e falta de certificações pesou negativamente em relação às 6 pessoas que ficaram na minha frente e vão disputar as duas vagas.
Nós 13 trocamos e-mails, telefones e vamos manter contato. Fizemos várias amizades, o pessoal é todo muito legal. O mais interessante é que é a turma de Computação com mais mulheres que eu já vi: metade. Valeu a pena essa correria toda pra São Paulo. Conheci pessoas legais, aprendi muito nessas dinâmicas, já estou com mais experiência, estou menos disinibido e também estou pegando algumas manhas de entrevista.
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