Processadores normais têm milhões de transistores, que fazem comparações lógicas alternando entre 0 e 1, gerando consumo de energia e calor. Pq vc acha que tem um cooler gigante no seu processador? Os transistores estão ficando cada vez menores, permitindo colocar cada vez mais transistores dentro de um processador, aumentando a força de processamento, mas aumentando também o consumo de energia e emissão de calor. Chegará um momento em que os transistores atingirão um tamanho tão minúsculo que atomicamente será impossível diminuí-lo mais. Quando essa época chegar, começaremos utilizar estruturas de DNA ou nanontubos de carbono ou outra tecnologia qualquer que a IBM ou Xerox ou outra companhia devem estar inventando agora.
Celulares, relógios, palm tops, agendas eletrônicas, máquinas digitais, filmadoras, notebooks… estão ficando menores, mais potentes e demandando cada vez mais força de processamento. Com isso surge um problema: segundo a lógica acima, quanto mais potente, maior a demanda de energia e maior o calor dissipado e esses equipamentos geralmente são pequenos e utilizam bateria, diferente de um PC normal que fica o tempo todo ligado na tomada e pode ter um cooler do tamanho de uma maçã, refrigerado a nitrogênio líquido!
Existe um processador no mercado que vai na contramão da evolução dos processadores normais. É o Crusoe, da Transmeta Corporation. Esse processador tem poucos transistores e utiliza um software chamado Code Morphing para transformar as instruções x86 em “translations”, optimizações em VLIW (Very Long Instruction Word), que podem ser armazenadas em cache e reutilizadas.
O interessante disso tudo é que o funcionamento desse Code Morphing é semelhante (em termos) ao trabalho que é feito pelo kernel de um sistema operacional. Não é à toa que Linus Torvalds (o criador do Linux) está na equipe que criou o Code Morphing…
0 Comentários.