Henrique, Kicho, Clóvis, Mari e o programa de índio de fim de semana no XI Forró da Lua Cheia
Tudo começou com o convite de ir, no fim de semana, para uma cidadezinha onde ia ter algo no estilo de Woodstock: Sexo, Drogas e Rock&Roll. Depois de ter perdido o Woodstock (tá certo, eu nem era nascido) e o Woodstock 99 (okay… fiquei sabendo só depois que aconteceu), essa era a oportunidade de ouro!
O Kicho ia e já tinha 2 convites, um pra ele e outro pro Clóvis, eu teria de comprar um na hora. A Mari veio pra São Carlos, então o Clóvis ficou sem saber se viria ou não e eu entrei no lugar dele.
Na sexta feira, depois de voltar do Live de RPG (aconteceu, finalmente), conversei com o Kicho e estávamos pensando em como ir pra tal cidadezinha, Altinópolis, perto de Ribeirão Preto – SP. Se o Clóvis e a Mari não fossem, agente ia de moto, se eles fossem íamos de ônibus. O Kicho pegou os horários e preços de ônibus e tal. 1:30 da manhã de sábado decidimos ir de ônibus, nós 4. Meia hora depois eu já estava dormindo. O Qk estava conectado na Net e eu entrei na página do evento: http://www.valedasgrutas.com.br, foi aí que fiquei sabendo que não seria Sexo, Drogas e Rock&Roll mas Sexo, Drogas e Forró, com Alceu Valença.
Sábado, 7 da manhã o Clóvis me liga (eu, ele e o Kicho combinamos de quem acordasse primeiro ligava pros outros), arrumo minha mochila, faço um lanche (minhas caixas de leite acabaram… mas o Kenji deixou eu usar uma caixa dele) e fico esperando o Clóvis, que ia passar em casa e levar na rodoviária.
Na rodoviária começa a viagem. Compramos a passagem pra Ribeirão Preto, o ônibus saía 8:30 e chegamos lá 10 horas. Compramos passagem pra Altinópolis, o ônibus saia 11 horas e chegava lá 12:30. Quando já estávamos indo pra plataforma de embarque, eu vejo duas minas na fila do guichê de Altinópolis, com roupas meio hippies, chamei o Kicho e fomos bater um papo com elas. Sim, elas iam pra Altinópolis e uma delas conhecia o local (o show num era bem em Altinópolis, era em uma fazenda em Altinópolis).
Descemos no trevo de Altinópolis com as duas minas e mais dois caras de Ribeirão, elas ficaram pedindo carona e nós fomos andando. No meio do caminho para um carro com 3 mulheres, com duas vagas, oferecendo carona, o Clóvis, a Mari e todas as malas foram de carona. Eu e o Kicho só conseguimos carona 2 curvas antes da entrada da fazenda, em uma F1000. Meu boné até caiu no chão… tive de pedir pro motorista parar e saí correndo pra pegar ele na estrada… Estava eu tomando cuidado pra não ficar com ele contra o vento, mas depois de não achar minha camisa na caçamba da pick-up (eu estava sem camisa, mó sol!), virei a cara rápido pra trás pra ver se ela estava lá e o boné se foi… a camisa estava lá sim, escondidinha entre uma caixa e minha mochila.
Problema do dia: Os dois convites do Kicho estavam com um amigo dele de São Paulo, que estava acampado desde sexta. O Kicho comprou um convite e entrou na fazenda, meia hora depois ele voltou dizendo que não tinha achado o cara. Depois de uns 10 minutos eu compro o convite e também entro, agora com as duas barracas e nossas mochilas, procuramos o cara por meia hora mais ou menos e montamos uma barraca, colocamos as mochilas dentro e voltamos pra entrada da fazenda (dava uns 5 min entre a entrada e a área de camping). Voltamos, o Clóvis e a Mari compraram 2 convites e entramos, montamos a outra barraca e fomos comer algo. Meu primeiro feito: enquanto o Clóvis estava comprando as entradas, consegui 3 garrafinhas de água, uma salvação, estavamos mortos de sede, ainda mais naquele sol que fez e com aquela poeira que a gente comeu…
Reencontrei uma das minas, a Márcia, ficamos um tempo conversando, aguardando o por do sol, depois eu tentei ligar pra casa mas ninguém atendia e por fim fui dormir um pouco. 20 minutos depois eu saí de novo (de dentro da barraca), fiquei andando pelo camping, pela área do show, reencontrei a outra mina, Camila, que estava “trampando” no show. Andei de barco à noite (fui o primeiro a andar de barco depois que o sol se pôs). Também fui o primeiro a descer no troli (não sei o nome, é um cabo de aço de um lado a outro do lago, que vc desce agarrado em uma haste que desliza no cabo de aço através de 3 roldanas) à noite (ganhei do Kicho no par ou impar e desci primeiro). Depois de mim várias pessoas começaram a descer, sob o luar. O céu tava muito massa. Dava pra ver direitinho o cruzeiro do sul e Escorpião.
Quando começou o show do Alceu Valença já era tarde, tinha tanta gente (depois fiquei sabendo que tinham 13.000 pagantes no show do Alceu) que nem dava pra dançar direito. Só com os 13.000 pagantes têm-se uma renda de mais de 300.000, sem contar com os 5$ de estacionamento e os 15$ do camping, por pessoa, por dia. Devia ter umas 300 barracas na área de camping!!
O show que mais gostei foi o do Cordel do Fogo Encantado. Uma mistura de música nordestina (nordistiina, não é forró nem mangue beach nem sertanejo nem axé), techno, rock, raízes e poesia. Até comprei o CD deles. O show de blues também foi massa e a banda Sr. X tinha a melhor vocalista que já vi na vida. Ela tocou The Cors, Rolling Stones, Pink Floyd, Led Zeppeling, Santana, Mutantes, Paralamas e mais um monte de bandas massa. A performance da vocalista era espetacular!
Depois de assistir ao sol nascer, fui dormir. Só acordei 11 da manhã de Domingo com a barraca mais quente que um forno (eu me esqueci que estamos no inverno e o sol não tem uma órbita central no céu…) comi um pacote de biscoito, tomei um Maraton, escovei os dentes, depois de um tempo montamos barraca e fomos andando para Altinópolis.
De novo, só quando já dava pra ver o asfalto (a estrada para a fazenda é de terra) é que conseguimos carona, com uma Saveiro. Descemos dentro de Altinópolis, foi quando eu percebi que o motorista era o baixista da banda de Blues e das duas ruivas que estavam com ele uma é uma wiccan mineira que eu conheci, de 3 Pontas. Fomos para a rodoviária. Chegamos lá 13:15, pra descobrir que o ônibus pra Ribeirão Preto tinha partido 12:45 e o próximo só seria às 15:00. Jogamos um truco, chupamos chicletes, a Mari e o Kicho tomaram cerveja e o Clóvis tomou guaraná. Eu tentei, mas não me lembrava de quanto Guaraná Brahma é horrível!
Chegamos em Ribeirão Preto somente 16:45. O ônibus pra São Carlos tinha partido pouco tempo antes, o próximo só partiria 18:00 e a Mari tinha de estar em São Carlos pra pegar carona pra Sampa às 19:00. Segundo feito meu: consegui carona com uma mulher que estava indo pra São Paulo. Tirando o fato de que ela tinha um ventilador de teto (teto de casa) no banco que trás que teve de ser desmontado e que tivemos de carregar nossas malas no colo, o resto foi tranqüilo.
Andréia, o nome da moça que nos deu carona. Muuuuuuuuuito gente fina ela. Contou como que quase foi no show do Alceu de gratis… Eu, o Kicho e o Clóvis fazemos computação e estamos estudando uma matéria chamada Introdução aos Sistemas de Informação. Quando a Andréia disse que era analista de sistemas nós piramos. Ela contou um monte de coisas que foi mais interessante que muitas aulas que tivemos. Bem motivador. Contou sobre a profissão, sobre outros ramos, cursos, deu dicas. Ainda nos mostrou Ribeirão Preto, falou dos points, da cidade, dos perigos. Ela também falou sobre pedágios, rodovias privatizadas (ela já trabalhou com administração em uma dessas companias, não me lembro qual). Foi a melhor viagem de carro que eu já fiz! Mesmo com as malas no colo, com o cabelo marrom de poeira, a roupa toda suja, a pele seca, com sono e fome.
Nunca tinha percebido como é tão bom sair de um banho quente. Sair limpinho, cheirosinho, com os mullets desembaraçados, os pés limpos, colocar uma roupa quentinha, os óculos transparentes.
Eu, o Clóvis e o Kicho, além do Neto, do Kenji e da Cindy, daqui da república (a Cindy não é da república, namorada do Kenji) fomos depois no Maranata, comer um rodizio de pizza.
Finalizando. Típico programa de índio. Espero que ano que vem eu vá de novo, no XII Forró da Lua Cheia, curtir sexo (que não rolou), drogas (que não uso) e Rock&Roll. Preferencialmente de carro, comprando os ingressos antes (tem desconto) e levando lanterna, talvez uma namorada… quem pode prever 1 ano?
Carolina, muuuuito bom Altinópolis e Cordel do Fogo Encantado eim? Depois de lá em Altinópolis fui em mais 2 shows deles, em São Carlos e num SESC em São Paulo.
VOCE GOSTOU DE ALTINOPOLIS? E MUITO BOM..E ESSE ANO CORDEL VAI TOCAR DE NV..FREJAT,PEPEU GOMES, ETC..VALE A PENA ENTRAR NO ORKUT E VER PROGRAMACAO
Quem?
E a sua amiga? Aquela que fica no pé. Você não disse como que conheceu ela.
Cindi é com i!!!
=)
[]\’s