Diz o mestre:
A encruzilhada é um lugar sagrado. Ali o peregrino tem de tomar uma decisão. Por isso os deuses costumam dormir e comer nas encruzilhadas.
Onde as estradas se cruzam, se concentram duas grandes energias – o caminho que será escolhido, e o caminho que será abandonado. Ambos se transformam em um só – mas apenas por um pequeno período de tempo.
O peregrino pode descansar, dormir um pouco, até mesmo consultar os deuses que habitam as encruzilhadas. Mas ninguém pode ficar ali para sempre: uma vez feita a escolha, é preciso seguir adiante, sem pensar no caminho que deixou de percorrer.
Ou a encruzilhada se transforma em maldição.
Paulo Coelho, em Maktub (1994)
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