Belo Horizonte – Seis pessoas apontadas como envolvidas na morte do estudante universitário Felipe Borges Oliveira, de 20 anos, foram indiciadas por homicídio culposo e por expor a vida de terceiros a risco. Felipe morreu na tarde do dia 14 de fevereiro ao entrar em uma piscina do Jockey Park Club, em Uberaba, no Triângulo Mineiro. Ele participava de uma tradicional festa pré-carnavalesca nas dependências do clube. Um laudo pericial indicou que Felipe morreu asfixiado, vítima de uma descarga elétrica.
No inquérito concluído e enviado ontem à Justiça, o delegado Hércules Cardoso indiciou o presidente do Jockey Park Club, Luiz Augusto Cipriano Coelho, os diretores sociais Fernando Alves Pimenta e Marcelo Augusto Teodoro de Andrade, o gerente administrativo Francisco Nazareno Gonçalves, e duas pessoas responsáveis pelas instalações elétricas: o engenheiro Nilson Luiz Gonçalves da Silva e o eletricista José Edson Silvano.
A Polícia Civil constatou em um laudo pericial que houve falhas numa ligação elétrica de fios que alimentavam os congeladores do clube. De acordo com o delegado, como havia chovido no dia da festa, a eletricidade foi conduzida pelas poças de água até a piscina.
O estudante e uma amiga, a também universitária Thaisa Resende Azevedo, 19 anos, pularam na piscina durante uma brincadeira. Ambos sentiram choques pelo corpo e sofreram parada cardio-respiratória. Eles foram socorridos, mas apenas Thaisa sobreviveu.
Se condenados por homicídio culposo, os indiciados poderão pegar uma pena que varia de um a três anos de prisão. O outro indiciamento prevê pena de seis meses a um ano de reclusão.
Fonte: O Estado de São Paulo
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