“Outra particularidade do episódio se revelou em sua consciência: ela desejara o café e ele aparecera. Não havia nada relacionado com telepatia aqui, ela sabia. Era o tau, a identidade da comunidade do sietch, uma compensação produzida pelo veneno sutil da dieta de especiaria que todos compartilhavam. Essa grande massa de gente jamais poderia esperar obter a iluminação que a especiaria lhe trouxera, eles não haviam sido treinados e preparados para isso. Suas mentes rejeitariam aquilo que não pudessem entender ou abarcar. Ainda assim, eles agiam e reagiam, algumas vezes, como se fossem um único organismo.“
Essa é uma passagem do livro Duna, do Frank Hebert. Nele a Jéssica, mãe de Paul Atraides, pensa pedir um café e alguns minutos depois ela ganha uma xícara de café como oferenda pelo nascimento de uma criança.
Algumas explicações sobre a obra: Duna é um planeta desértico, onde não chove. A especiaria só é encontrada no planeta Duna, nas areias do deserto e é usada para prolongar a vida. Somente os integrantes de duas sociedades secretas conhecem a propriedade da especiaria de expandir a consciência. Jéssica é de uma dessas sociedades secretas. A especiaria é usada diariamente pelos Freemen, povo nativo de Duna, para superar as adversidades do ambiente, assim como a coca era usada pelos incas para suportar o frio, falta de oxigênio, longas caminhas e subidas pelos Andes. Sietch é uma comunidade de freemen, no meio do deserto.
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