Ahh, como adoro essa chuva noturna que cai no quintal…
Não é aquela tempestade que transforma São Paulo em um inferno e lembra as distantes monções das aulas de geografia, quando rios amarelos arrastam e arrasam.
Não chega, contudo, à mítica garoa paulistana que noite adentro encanta com seu melancólico fog londrino.
Gosto da melodia da chuva, com seu silêncio de fundo só possível de escutar à noite.
Gosto da fragrância da chuva, o cheiro de terra que surge do negro pó acumulado nos dias secos.
Gosto da visão da chuva, horizonte de casas apagadas refletindo a água, o céu menos ocre, a noite mais escura.
Encanta-me ser transportado para outros tempos noutros lugares quando a noite é sempre silenciosa, o ar sempre limpo, a noite sempre estrelada.
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