25 de Agosto de 1999, 3º ano do 2º grau, 17 anos
Assim que acordei me encontrei em cima de uma árvore. Ao longe escutava o singular barulho do mar. Desci da árvore, estava de óculos, tênis e roupas, começava a desconfiar que havia bebido muito na noite anterior. Caminhei na direção do mar, quando vi em uma praia de areias brancas vários índios e da água translúcida vinha um grande bote de madeira, com vários homens vestidos de maneira espalhafatosa.
Os índios, em maior número, estavam temerosos, assustados e armados com flechas e lanças. Os visitantes faziam gestos leves, delicados, calmos, também temerosos da reação dos índios. Começaram a falar com os índios em diversas línguas, até que falaram um português semelhante ao do Machado de Assis. Foi nesse momento que me atinei de que estava em 23 de Abril de 1500, podia até mesmo ver duas caravelas ao longe. Era impossível determinar quem tinha mais medo, os portugueses ou os índios. Os primeiros estavam armados com carabinas antigas e portavam vários objetos sem valor, como espelhos, para criar confiança e depois fazer escambo com os índios. Um português anotava tudo, deveria ser Pedro Vaz de Caminha. Os portugueses já se mostravam mais confiantes e relaxados, enquanto os índios manuseavam encabulados as trinquilharias dos portugueses.
Venci meu medo e saí do meio do mato em direção aos portugueses, estes apontaram as armas para mim, levantei minhas mãos e disse que era da paz, iria ajudá-los a conversar com os índios. Os índios estavam confusos e perceberam que eu podia me comunicar com os portugueses, mas se mantinham em silêncio, apenas adotando precaução dobrada. Contei para os portuguesese minha história, onde estávamos, o que aconteceria com os índios da américa espanhola, falei sobre a cultura dos índios, sua importrância e seu futuro nada promissor, para que os portugueses não fizessem o que fizeram os espanhóis.
Depois de conversar durante toda a tarde e parte da noite sobre assuntos diversos, evitando falar do futuro, acabei conquistando a confiança dos portugueses e dos índios, fui dormir na caravela dos portugueses, na esperança de não acordar e descobrir que tudo não se passou de um sonho.
Comentário da professora:
Este recurso narrativo de “sonho” já está bem gasto! Além do mais, você não fez o ponto de vista pedido!
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