Menor: o maior problema

1999, 3º ano do 2º grau, 17 anos

A educação no Brasil é totalmente falha, o jovem abandona a escola, por falta de condições ou incentivos e vai para a rua, se marginalizando. É necessário acabar com esse problema, várias causas e soluções foram apontadas, basta executá-las.

Os menores, principalmente os de classe abastarda, param de estudar e vão para as ruas, onde viram marginais, usando e vendendo drogas, interceptando e roubando e comentendo crimes para os maiores de 18 anos, já que os menores não são presos. Como eles não são legalmente responsáveis, depois de cometer um crime vão para organizações de reabilitação, na teoria. Na prática, o menor é encarcerado, sofre maus tratos, é tratado como um animal, não aprende nada de útil e sai pior que entrou. A compravação disso é que com a fuga em massa da Febem, uma instituição decadente, superlotada e mal administrada, a onda de violência em São Paulo subiu assustadoramente, com quase mil menores infratores a mais nas ruas.

Abaixar a responsabilidade penal para 14 ou 16 anos seria o caos. Os menores infratores seriam presos, iriam para prisões normais, com presos normais e acabariam ou morrendo ou aprendendo mais, superlotando ainda mais as cadeias. Além disso, o adolescente ainda não está física ou psicologicamente apto a ser responsável por si mesmo. A visão mais otimista que poderíamos traçar seriam os traficantes e bandidos usando menores de 10 a 13 anos como bode espiatório e não mais os de 15 a 17 anos…

Para o governo acabar com o problema dos menores, ele tem duas alternativas. A primeira, mais dispendiosa e menos eficiente a longo prazo, é reformar as institiuições de reabilitação, como a Febem. Mesmo com essa medida, novos marginais surgirão. A segunda alternativa é mais eficiente a longo prazo. Basta o Estado reformular o ensino público, dar chances do menor carente ser algo na vida, ter uma profissão decente, para não precisar viver de delitos e detenções.

O problema do menor no Brasil é responsabilidade principalmente do Estado, é um problema mais político que social. Agora o governo sofre as consequëncias do marginal que ele criou. O único meio de acabar com a erva daninha é pela raiz, é o que o Estado deveria fazer.

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