O Estado e o estudo

24 de Fevereiro de 1999, 3º ano do 2º Grau, 17 anos

Em um país socialista o Estado banca todas as fases da vida de um cidadão, já no capitalismo, se isso ocorresse, arruinaria com a concorrência e com as empresas privadas. Mesmo assim, o Estado tem de controlar algumas fases, como é o caso da educação e da saúde.

Se a postura do Estado é dar a educação necessária para que um cidadão exerça uma profissão, esse benefício não pode ser dado para quem o estado quer, mas para quem precisa e tem condições de recebê-lo. Assim sendo, tanto o pobre quanto o rico têm direito a uma vaga em uma universidade federal, disputada democraticamente. Ambos têm de receber o mesmo tratamento, já que um não é melhor do que outro e os dois pagam os mesmos impostos.

Atualmente o número de vagas em universidades públicas é bem menor do que o número de estudantes (ricos ou pobres) que querem ter uma profissão. Por causa disso, só quem está mais bem preparado, geralmente quem tem dinheiro para pagar um cursinho ou uma boa escola, entra na universidade pública. Os estudantes que têm menos recursos acabam não conseguindo entrar e como não têm renda suficiente para pagar uma particular, ficam sem estudar, mesmo tendo os mesmos direitos que os ricos.

Nas universidades particulares os pobres não entram por falta de recursos, mas os ricos entram. Então, para que um rico entra em uma universidade pública, tiradando a vaga de um pobre que não tem como entrar na universidade particular? Já que o Estado tem de oferecer estudo tanto para o rico quanto para o pobre, o rico não pode ser obrigado a estudar em uma universidade particular, mas se tivesse o bom senso de estudar lá, talvez hoje o Brasil não fosse tão subdesenvolvido.

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