Minha irmã estava noiva, chegaram até a comprar um pacote de viagem na CVC pra passar quase 20 dias na Europa, quando o imprevisível aconteceu: desmancharam o noivado faltando 2 meses pro tão sonhado passeio.
Fiquei super triste quando soube que minha irmã havia se “separado”. O Thalles é um cara super legal, do qual só tenho elogios a fazer. Não há uma pessoa em minha família que não tenha gostado dele, com seu jeito calmo, quase como o de um mineiro, aliado à inteligência com aquele toque carioca.
Entre as opções de cancelar a viagem e receber parte do valor pago de volta, viajar os dois como amigos, um dos dois viajar sozinho e o outro tentar recuperar uma parte menor ainda do valor pago ou um dos dois viajar com outra pessoa, que pagaria a diferença e remarcações, escolheram a última opção.
Mesmo preferindo que os dois viajassem como amigos, em um domingo fui convidado a acompanhar minha irmã no passeio pela Europa, faltando 20 dias pra viagem. Eu teria de correr atrás das passagens, mas utilizaria as hospedagens do pacote deles.
Eu havia tirado férias em dezembro, meu gerente estava de férias, eu não tinha passaporte, o RH pede 45 dias de antecedência para conceder férias, minha esposa estava procurando emprego e eu não tinha como bancar a ida dela e nem de nossa filha conosco.
Minha esposa falou que eu não devia perder essa oportunidade inusitada de viajar pela Europa com minha irmã, que ela abriria mão de ir para que conseguisse pagar as despesas da minha parte da viagem.
Na segunda feira conversei com meu coordenador, que permitiu que eu ficasse fora do projeto por 20 dias para que pudesse fazer a viagem. Disse que se eu não aproveitasse a oportunidade, por causa dele é que não seria!
Ele ligou na hora pro RH, que autorizou meu pedido de férias, já que em dezembro eu tirei férias pois a 2ª férias estava vencendo, ou seja, já tinha uma férias vencida e a folha de pagamento ainda não tinha sido processada.
À noite ao solicitar um passaporte pela Internet, no site da Polícia Federal, descobri que a próxima data de agendamento era só em Junho, dois meses após a viagem!
Nessa hora bateu o desespero: peço pro meu gerente suplente assinar as férias com o risco do passaporte não sair? Tento tirar um passaporte de emergência e se sair compro as passagens e peço férias? Compro as passagens e corro o risco de perder a grana, se o passaporte não sair?
Felizmente no mesmo dia fui na casa do Danilo – já estava devendo uma visita há anos – e ele disse algo que mudou meu pensamento: a vida a gente só vive uma vez!
Na terça feira pela manhã comprei as passagens na Decolar.com, me endividando e correndo o risco de perder a grana. Quando cheguei no trabalho entreguei a solicitação de férias pro meu gerente suplente assinar e levei no RH, correndo o risco de tirar férias e ficar em casa. Na hora do almoço paguei a guia de solicitação de passaporte e fui no posto de emissão de passaporte do Shopping Light com toda a documentação tentar um encaixe pra entrevista, correndo o risco de no dia seguinte ter de passar o dia inteiro na central da Polícia Federal na Lapa e pagar outra guia, para passaporte de urgência.
Felizmente devido a eu ter viagem marcada para menos de 20 dias daquela terça-feira me colocaram na lista de encaixe e em menos de uma hora já saí com o protocolo para pegar o passaporte na semana seguinte. Na própria sexta-feira já estava pronto, esse sistema informatizado da Polícia Federal está muito eficiente!
Para melhorar descobri que eu tinha pra receber do Programa de Afiliados do Submarino um montante referente ao ano de 2009 que praticamente pagava as passagens!
Os dias seguintes foram para fechar hospedagem em albergues nas cidades onde o pacote [personalizado] da CVC não incluía e translados para lugares fora do pacote.
Como minha irmã já planejava a viagem há meses, tinha livros, revistas e dicas do que fazer, eu simplesmente disse “sim” para as programações. Ela fez um trabalho fantástico! Minha única “exigência” foi ficar um dia inteiro dentro do Museu do Louvre, em Paris, onde, entre outras atrações, está o mundialmente famoso quadro da Monalisa.
Hoje o dia de trabalho foi um misto entre correria para entregar o que precisava e momentos de descontração conversando com os amigos sobre a viagem e possíveis encomendas de produtos 🙂
O mais importante é que em aproximadamente 14 horas estarei levantando vôo rumo a Madri, na Espanha!
Obs.: pego muito no pé das pessoas com o tão difundido “gerundismo”. A frase acima é um típico exemplo de utilização correta do gerúndio no futuro, pois passa a idéia de duas ações simultâneas que ocorrerão no futuro: “quando se passarem 14 horas” e “levantar vôo”.
Bon voyage a la France!!!
Valeu Marcelo!
Boa viagem Henrique!