Há 12 anos, Usamah Bin Muhammad Bin Ladin escrevia cartas a líderes políticos, comandantes das forças armadas e outros explicando seu exílio em Londres e lutando contra regimes que eram contra os muçulmanos, principalmente regimes socialistas e comunistas (principalmente Arábia Saudita, que apoiava o Yemen e Somália).
Um fato marcante é como a religiosidade está nas palavras dele. Praticamente todo parágrafo tem uma referência a Deus, ao profeta Maomé, aos costumes muçulmanos, ao Alcorão… é de um grande radicalismo. Ele usa de citações do Alcorão (Quran) para justificar ou criticar ações do governo ou de outros povos.
Um dos vários motivos que ele dá para a ilegitimidade do regime da Arábia Saudita, por exemplo, é ter admitido mulheres cristãs no exército, "colocando o exército no mais alto grau de vergonha, disgraça e frustração ".
Com relação à ONU, ele diz: "Uma geração percebeu que a ONU é nada mais que um instrumento nas mãos dos judeus e dos cruzados para exterminar e roubar a riqueza de muçulmanos. "
São 103 páginas de cartas escritas por Bin Laden disponíveis na "Harmony Database" pelo " Combating Terrorism Center", juntamente com outras diversas correspondências.
É uma outra história, diferente da que nós somos ensinados, com todo o radicalismo religioso que percebemos no discurso do Bush. Muito interessante.