Está sendo sepultado agora, no Cemitério de São Francisco de Assis, Sebastião de Oliveira Cintra.

Morreu meu avô. Hoje. Meio dia.

O mundo está estranho…

Meu avô está preenchendo a pepelada com São Pedro.

Estou em São João del-Rei, volto hoje à noite para São Paulo. Passei o dia dos pais com meu pai, saí com meus amigos, no DeMolay virei sênior, fui no cinema com meu irmão Lucas. Hoje visito minha afilhada e vejo meu avô de novo. Deixei de ir a aula hoje para ficar com meu avô… quero aproveitar ao máximo esse pouco tempo que ainda tenho com ele.

Estava crente que o “Pinga Fogo” do Desafio Sebrae era hoje…

Stanley Milgram, psicólogo estadunidense, publicou em 1967 na revista Psychology Today a teoria “Small World”, que diz que existem apenas 6 graus de separação entre uma pessoa e qualquer outra pessoa no mundo. Eu resolvi ser cobaia e estou participando do Small World Experiment, da Universidade de Columbia (Estados Unidos).

Tenho de localizar um tal de Christopher Schrader mandando e-mails para pessoas que eu conheço (elas têm de me conhecer também). Mandei um e-mail pro Kenji, pois sei que ele tem uma amiga que já morou na Alemanha.

O UOL publicou uma notícia sobre uma experiência semelhante a essa.

Algumas siglas usadas nesse nosso mondo bizzarre:

AI Artificial Intelligence

ANSI American National Standards Institute

ASCII American Standard Code for Information Interchange

BASIC Beginner’s All purpose Symbolic Instruction Code (programming)

BCD Binary Coded Decimal (programming)

BIOS Basic Input Output System

BPS Bits Per Second (communication)

CAD Computer Aided Design

CAE Computer Aided Engineering

CAM Computer Aided Manufacturing

CASE Computer Aided Software Engineering (programming)

CCITT Consultative Committee for International Telephony & Telegraphy

CD-ROM Compact Disk-Read Only Memory

CGA Color Graphics Adapter (screen)

CMOS Complementary Metal Oxide Semiconductor (memory)

CPI Characters Per Inch (printer)

CPL Characters Per Line (printer)

CPS Characters Per Second (communication)

CPU Central Processing Unit

CRT Cathode Ray Tube (screen)

DD Double Density (floppy disk)

DEC Digital Equipment Corporation

DES Data Encryption Standard

DIF Device Input Format

DIP Dual In-line Package (memory)

DMA Direct Memory Access

DS Double Sided (floppy disk)

DV DESQview (multitasking program)

EGA Enhanced Graphics Adapter (screen)

EMM Expanded Memory Manager (memory)

EMS Expanded Memory Specification (memory)

EOF End Of File

EOL End Of Line

EPROM Erasable Programmable Read Only Memory (memory)

ESDI Enhanced Small Device Interface (hard disk)

FAT File Allocation Table (disk)

FCC Federal Communications Commission (communication)

GUI Graphical User Interface (screen)

HD High Density (floppy disk)

HGC Hercules Graphics Card (screen)

I/F Interface

I/O Input/Output

IDE Intergrated Drive Electronics (hard disk)

KB Kilo Byte = 1,024 bytes

LIM Lotus Intel Microsoft Expanded Memory Specification

LPI Lines Per Inch (printer)

MB Mega Byte = 1,048,576 bytes

MDA Monochrome Display Adapter (screen)

MFM Modified Frequency Modulation (hard disk)

MIPS Millions of Instructions Per Second

MIS Management Information Systems

MMU Memory Management Unit

MNP Microcom Network Protocol (communication)

MS Microsoft

OEM Original Equipment Manufacturer

POST Power On Self Test

PROM Programmable Read Only Memory (memory)

RAM Random Access Memory (memory)

RLL Run Length Limited (hard disk)

TPA Third Party Applications

GAFMOI Getting away from most of it

GAFIA Getting away from it all (said of someone dropping out)

RTM Read The Manual

RTFM Read The Fucking Manual!!!

A Associação Pro Teste fez um estudo sobre os melhores planos de celular para diversos tipos de usuários para Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. O site é muito bom, tem testes de produtos, ações judiciais, dicas para defesa do consumidor…

A cobertura do Pan no UOL é a que mais dá porrada no português. Erros como: “O Brasil conta com estará representado por…“, “Já a fosse dublê masculina…“, “…medalha de ouro na disputa do salta em distância…“, “…a República Dominicana massacrou Bahamas por 11 a 1 Bahamas.“, “Caos na organização de Santo Domingo-03 também derrubou ganhos evento.“, “Atletas e família engrossam coro do Brasil no Pan“, “…apenas 12 turistas, que não parentes ou amigos de algum atleta…“, “Volte em distantes para acompanhar maiores detalhes…“, “…torneio de futebol masculino do Pan-Americana.“.

Hoje liquei pra casa. Falei com minha mãe, com meu pai, com meu irmão Lucas. Fiquei sabendo das notícias de SJdR, como estão os meus avós maternos, como estão meus tios paternos, como está minha irmã…

Também tentei ligar pra Carol, que conheci indo para São Tomé, mas caiu na caixa postal. Tentei ligar pra Gabi, da fundação, mas não sei por qual razão não anotei o telefone dela na agenda.

Ontem o Luizinho, ‘marido da filha da irmã da mãe de minha mãe’ me ligou e deixou um recado na secretária. Amanhã (ou melhor, hoje, terça) vou almoçar com ele e com o tio Joaquim (marido da irmã de minha avó).

Hoje a Marcela me ligou, fiquei conversando com ela e ainda falei com a Viviane.

O ruim de trabalhar de 9 às 22 é que quando chega em casa se está tão cansado e é tão tarde que nem dá para ligar pros conhecidos para colocar o papo em dia. Hoje consegui sair mais cedo e pude fazer alguns 21’s 🙂 Fiquei sabendo que meu pai viajou para a fazenda, a aula do Lucas começou hoje, ele é o goleiro titular do time junior do Athletic, a Ananda vai esse fim de semana para SJdR, a Funrei está de greve, o vovô está meio mal, a vovó está provisoriamente sem a visão do olho direito por causa do tombo, mas vai recolocar o cristalino em alguns meses, a colônia fica alugada até o fim do ano, o Gabriel gostou da vivência e trabalhou bastante…

Só notícia boa, tirando a de meus avós. Isso me preocupa. Tentarei aproveitar o dia dos pais e a aula de segunda-feira para ir para São João del-Rei principalmente para ver meus avós.

“A única vantagem de ficar velho é essa, é vc ter história pra contar. Senão a velhice é uma desgraça!” – Ziraldo, programa do Jô, 21/05/03 – 00:55

Achei perdido no meu computador a parte inicial do relato do meu carnaval nesse ano. Transcreverei aqui:

Passei o Carnaval em São Tomé das Letras, na Fundação Harmonia, curtindo o “Carnaval Adrenalina”. Foi impressionante!

Sexta feira – 01/03/03

Procurei na Internet o mapa de onde era o Espaço Holístico Vera Cruz. Depois do trabalho peguei o metrô para a estação Santa Cruz, fui andando até o Espaço e lá encontrei várias pessoas com malas, esperando o ônibus. Quase que eu passei direto pela casa, mas senti cheiro de incenso e resolvi dar uma paradinha pra conferir se o número 622 era alí.

Conheci umas pessoas de Jundiaí alí, depois o ônibus chegou, colocamos tudo dentro dele e pelas 21:00 saímos. Teve um lanchinho de X com X, refrigerante, apresentação de cada um e sorteio do amigo secreto.

Chegamos na fundação de madrugada, eu fui dormindo a viagem quase toda. Sem lanterna, no escuro, fui ao camping procurar a “barraca com um lenço rosa amarrado na porta”. A última barraca que procurei (a última que faltava olhar) tinha um lenço de cor “negra” (pela falta de luz) e imaginei que fosse lá mesmo. Antes de abrir ainda sussurrei uns “mãe?”, “ananda???”, “tati!?” e fui abrindo já pensando na desculpa que teria de dar se não fosse a barraca… Felizmente a era a barraca certa, coloquei minhas coisas pra dentro, escovei os dentes e fiquei um tempão conversando com a Tati. Cheguei a ouvi até um “Henrique, vou te dar porrada!” vindo da barraca ao lado 🙂

Sábado – 02/03/03

Foi difícil acordar às 7:00 pra lanchar e estar às 8:00 no Celeiro das Antes, onde foi explicado como seriam as coisas, além de dançar um pouco, se esticar e balançar bastante.

Às 8:40 já estávamos pronto pra primeira aventura: Cachoeira do Flávio e Eubiose. No caminho paramos em uma caixoeira onde dava pra pular. Pulei, lógico, e ainda pulei da árvore duas vezes, convencendo até mesmo o Marcelo, que também pulou da árvore. Depois foi normal, cachoeira da eubiose, outras cachoeiras pelo caminho e cachoeira do Flávio no final, que estava tão cheia (de turistas) que mal entramos.

O ônibus com os Naftalinas já havia saído, na vãn do pessoal do Rio de Janeiro tinham algumas vagas, mas a maioria teria de ir a pé. Chamei o Marcelo pra ir correndo e ele topou, andamos um bom pedaço e na subida de um morro meus joelhos morreram, mas o Marcelo continuou, correu os 8km… O morro continuava por todo o caminho, só parávamos de subir quando tinha de virar pra descer pelo caminho que leva na fundação… nesse trecho eu voltei a correr, mas era um trecho pequeno.

Chegando (morto) na fundação, um bom banho gelado e para completar eu e Marcelo fomos no riachinho da fundação ficar uns minutinhos na água gelada.

Depois do almoço teve uma paletra com o Mestre onde ele falou sobre Carnaval, Páscoa, Cristo, Sexo, Tantrismo… a palestra foi muito boa e me faz pensar até agora em novos valores e idéias. Muitas das teorias e idéias que eu tinha sobre Deus, religião, Cristo, universo, ondas e percepções sensoriais se tornaram coesas e consistentes umas com as outras.

Saímos da palestra por volta das 6 horas, jantamos, tomamos um banho e fomos pro teatro sobre ética e sobre ciganos (ambos eu já havia visto no reveillon, que estava melhor). Eu estava morto da corrida e já ia dormir quando falaram que ia ter passeio noturno até a Cachoeira da Eubiose, então fiz um esforço, fiquei até o fim da dança cigana, me aprontei e fui pra cachoeira. Diferentemente do reveillon, quando estávamos com bastões de luz química, dessa vez só portávamos lanterna. Fui o primeiro a entrar correndo (literalmente) na água gelada, mas não fiquei muito tempo. Entrei debaixo da cachoeira, dei uns gritos e já saí pra me secar. Estava muito frio! Chegando na barraca deitei e dormi.

Domingo – 03/03/03

A meditação estava marcada pras 6:30 mas o Joseph foi bonzinho e mudou pras 7:30. Mesmo uma hora depois, foi difícil acordar cedo… o cansaço da corrida ainda estava no corpo! Mas uma vez lá, a meditação foi bem legal. Ficamos andando de olhos fechados, mexendo o corpo e imitando animais. As meditações da fundação são bem legais.

Café da manhã reforçado com cookies de cereais, que são deliciosos, nos arrumamos e fomos pra Caverna da Bruxa. Adrenalina e naftalina foram andando juntos, até chegar em uma pinguela, por onde seguiu adrenalina. Naftalinas foram até a cachoeira ficar sossegados recuperando as energias da (curta) caminhada. Nós da adrenalina ainda andamos muuuuiito até chegar na entrada da Caverna da Bruxa.

Dentro da Caverna da Bruxa, fomos andando, eu ajudando as pessoas atrás a descer algumas pedras até chegar em um grande salão. Neste saláo apagamos as lanternas e na mais profunda escuridão fizemos preces e recitamos mantras.

Quando já estávamos satisfeitos, o Gustavo disse que continuaríamos. No outro lado do salão tinha uma passagem estreita, uns 50 centímetros na parte mais larga e 20 do chão até a altura da cintura, com uns 3 metros de altura e 1 de profundidade. Passar nisso foi fácil, o problema é que depois de uns 2 metros dentro dessa “vala”, ela acabava e deparáva-mos no alto de um paredão de uns 5 metros de altura! Para descer tinhamos de segurar em uma corda, amarrada em uma madeira presa no chão e fazer altos malabarismos para passar uma das pernas pela abertura de 20 centímetros enquanto a outra segurava o peso do corpo no chão (chão da vala, alto do paredão). Com todo o peso do corpo em uma perna e na corda, íamos soltando o corpo, que depois de passar pela abertura da vala conseguia pelo menos colocar os dois pés no paredão e fazer um rapel pela pedra de são tomé que de tão úmida parecia uma pilha de areia dura mais áspera que lixa.

Para segurar as pessoas que passavam por essa vala, ajudando-as e impedindo que elas soltassem a corda ou se jogassem lá de cima (como algumas fizeram), uma pessoa (de pernas compridas) tinha de ficar com as pernas esticadas apoiadas nas duas paredes laterais desse salão, uns 3 metros acima do solo, sem segurança nenhuma. Isso foi adrenalina! Eu, o Gustavo e o Luciano ficamos nos revezando nesse serviço que cansava e forçava muito a perna esquerda…

Depois que todos desceram (e muitos ralaram) pela pedra, o pior (poisé… cheia de surpresas a cachoeira) ainda estava por vir… Eu e mais duas pessoas (das 37) eramos as únicas que estávamos com o tênis seco, eu fazia contorcionismos pras duas pernas ficarem apoiadas na parede da caverna, não tendo de colocar o tênis na água! Chegou uma parte onde tínhamos de passar agachados como galinhas, e o melhor, dentro d’água! Uma água escura, cheia de escremento de morcego, na altura dos joelhos. Pelo caminho ainda tinham túneis onde só dava para passar arrastando no chão, de lado, pois o túnel era ligeiramente mais alto que largo, se arrastando no cão cheio de água e caindo em poços com água até o joelho ao saír dos túneis. Andar de joelhos, se arrastar no chão como soldados e “nadar” nos poços com água preta foi comum no percurso. A mão já estava suja do coco de morcego nas paredes, a lanterna cheia de areia e semi-molhada, a roupa esfolada na pedra, encharcada e suja. Pelo menos a máquina fotográfica da minha mãe eu lutava para manter seca! Sair da vagina da bruxa, renascer e ver uma água transparente correndo pela cachoeira foi um convite pra se jogar e banhar nas águas cristalinas que desciam pela cachoeira. Mas como nem tudo é perfeito, foi o tempo de tomar um “banho” e já tínhamos de ir embora…

Na volta ainda pulei da pinguela (a água dava na altura da cintura) e também pulei da margem do rio da pinguela, duas vezes, de cabeça… na margem a água dava quase na altura dos joelhos!

Acabou hoje a primeira fase do Aquecimento do Desafio Sebrae. Minha equipe está empatada com outras 78 equipes em primeiro lugar.

Com essa colocação a gente já garante no mínimo camiseta do vôlei indoor e exemplar do livro “Guga e Roland Garros, uma história de amor”. No desempate podemos levar camiseta oficial do Guga autografada, camiseta oficial do vôlei indoor, camiseta do vôlei de praia e exemplar do livro “Guga e Roland Garros, uma história de amor”.

Estou trabalhando e “assistindo” os jogos do Pan-Americano pelo placar do UOL Esporte. Dessa maneira fico sabendo em tempo real dos resultados das competições e o que anda acontecendo lá em Santo Domingo.

Sexta cheguei do trabalho e fui ao cinema com o Clóvis e a Mari. Assistimos Terminator 3. O filme num é legal não, mas a perseguição só fica atrás da perseguição do Matrix. É inusitada pra caramba!! O Carlos tem razão, no fim do filme dá pra ficar falando: que filme estranho!!

Hoje eu ia no show do Jô com o Clóvis, Mari e Marcela, mas um poste apareceu na frente do carro e tivemos de mudar os planos. O Clóvis e Mari foram e acharam muito bom. Eu e Marcela fomos até o Shopping Tatuapé e assistimos “A Viagem de Chihiro” (Sen to Chihiro No Kamikakushi) no cinema. O filme é impressionante! A história por um mundo fantástico, o melhor da animação japonesa… é fantástico! O cinema estava lotado de criancinhas mas quem eu acho que mais gostou do filme foram os adultos. É um misto de “O mágico de Oz” e “Alice no País das Maravilhas”. Não tem como explicar em palavras, só vendo mesmo.

Hoje vai ser produzido o último fusca, no México. Fim de uma longa história!