Não sou da época em que comunismo e bicho papão eram sinônimos, portanto não tenho tanto preconceito ao sistema econômico comunitário como a geração que me precede.
Um grande absurdo da sociedade em que vivemos é o transporte pago. Um cidadão carente que trabalha na casa de um cidadão rico, ou gasta uma grande fatia do seu salário com transporte ou vai morar próximo da casa do “patrão”. Taí um grande incentivo para a formação de favelas entre bairros, como ocorre no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Depois a prefeitura gasta uma fortuna com segurança, com remoção de favelas, com urbanização de favelas, tem um desgaste tremendo com inundações, fogo e desmoronamentos nessas favelas em terrenos impróprios para a moradia (ainda mais sem infra-estrutura adequada).
Se o transporte urbano fosse realmente gratuito, cidadãos de baixa renda aceitariam morar na periferia, longe de seus locais de trabalho, mas num local urbanizado, com comércio popular e preços mais acessíveis. Ganhariam tanto em bem estar como financeiramente.
Agora vem outro absurdo do sistema capitalista: cerca de 5.000 trabalhadores do ramo do transporte farão tanto lobby para o transporte não se tornar gratuito que cerca de 5.000.000 de cidadãos carentes terão de continuar, eternamente, pagando para subexistir.