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Transporte – Comunismo e Capitalismo

Não sou da época em que comunismo e bicho papão eram sinônimos, portanto não tenho tanto preconceito ao sistema econômico comunitário como a geração que me precede.

Um grande absurdo da sociedade em que vivemos é o transporte pago. Um cidadão carente que trabalha na casa de um cidadão rico, ou gasta uma grande fatia do seu salário com transporte ou vai morar próximo da casa do “patrão”. Taí um grande incentivo para a formação de favelas entre bairros, como ocorre no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Depois a prefeitura gasta uma fortuna com segurança, com remoção de favelas, com urbanização de favelas, tem um desgaste tremendo com inundações, fogo e desmoronamentos nessas favelas em terrenos impróprios para a moradia (ainda mais sem infra-estrutura adequada).

Se o transporte urbano fosse realmente gratuito, cidadãos de baixa renda aceitariam morar na periferia, longe de seus locais de trabalho, mas num local urbanizado, com comércio popular e preços mais acessíveis. Ganhariam tanto em bem estar como financeiramente.

Agora vem outro absurdo do sistema capitalista: cerca de 5.000 trabalhadores do ramo do transporte farão tanto lobby para o transporte não se tornar gratuito que cerca de 5.000.000 de cidadãos carentes terão de continuar, eternamente, pagando para subexistir.

A economia e a Internet

Acredito muito em ciclos de crescimento (intelectual) da humanidade.

Gênios aparecem de tempos em tempos e conseguem influenciar toda uma geração de pensadores, como foi o caso de Einstein na física e como é o caso de Michael Porter na economia.

Estes saltos não acontecem por que idéias foram evoluídas, mas por que paradigmas foram quebrados. Esses gênios têm essa capacidade de pensar diferente, de pensar além. Pessoas comuns costumam apenas melhorar, trabalhar a base deixada pelas mentes brilhantes, por isso os ciclos de crescimento.

Muito dos fundamentos da administração e economia utilizados pelas empreas foram idealizados por Porter, mas será que ele, agora com 59 anos, utiliza a Internet ativamente, participando de fóruns, lendo blogs, assinando feeds, comprando no eBay ou subindo fotos para o Flicker?

A administração das empresas por alguns anos ainda seguirá esse “novo” modelo que está sendo criado por Porter, mas não acredito que será ele quem dará o próximo salto evolutivo da economia/administração.

A economia se transformará quando um gênio, deixando de seguir a linha idealizada por Porter, criar um modelo de gestão tendo em vista os hábitos da geração que está surgindo.

Firefox, IE, Microsoft, padrões e Internet

Não sou um puritano que só usa o Firefox e faz o sinal da cruz antes de entrar no Internet Explorer, mas eu tenho uma sensação de segurança muito maior no Firefox, além de uma melhor experiência e facilidade de navegação neste browser.

Infelizmente a Microsoft, na sua megalomania, sempre fugiu de padrões de mercado, “inovando” na forma de desenvolver softwares, muitas vezes tornando-os incompatíveis com outros produtos. Esse é o caso do IE 5, IE 5.5 e em alguns casos do IE 6.

Sites que só funcionam no IE não são nada difíceis de se encontrar. Principalmente por causa das “ferramentas de produtividade” da Microsoft que os web developers têm acesso, que criam códigos muito bons para seus produtos, mas que estão fora dos padrões e recomendações da W3C. Mas também por conta de desenvolvedores que não entendem, não dão a mínima ou simplesmente não conhecem o mundo não-Microsoft, que tenta seguir uma série de padrões de interoperabilidade.

Os “bookmarks” viraram “favoritos”. O “JavaScript” virou “JScript”. O IE até interpreta páginas que têm ActiveX ou VBScript, que são produtos proprietários da Microsoft, de código fechado, que só funcionam no IE.

Felizmente parece que o Firefox e a comunidade open source conseguiram mudar um pouco o posicionamento da Microsoft. O AJAX, que a Microsoft tinha denominado ATLAS voltou a ser AJAX, o padrão do mercado. E o melhor: o IE 7 seguirá padrões do W3C.

Tenho muita confiança nessa tendência de seguir padrões, afinal, a Internet não é mais um grande conjunto de sites, acessados por pessoa isoladas, mas uma grande comunidade de pessoas interagindo entre si através de sites.

Drogas prescritas: melhores preços e genéricos

A palavra “medicine”, que inglês significa “remédio”, se assemelha muito com a palavra “medicina”. Como se remédio fosse sinônimo de medicina. Se bem que não foge muito da verdade…

Para os que precisam de remédio para viver, vale a pena o site Consulta Remédios, da Onofre em Casa. Nele é possível consultar através do nome de um remédio ou de seu princípio ativo os medicamentos substitutos, descontinuados ou genéricos.

Tem também a média de preço nos estados. Muito bom antes de comprar aquelas drogas caríssimas que nos receitam os médicos.

Livro “Remédio: Saúde ou Indústria” no Submarino
Livro “Âncora Medicinal: para Conservar a Vida com Saúde” no Submarino

Morreu Leandro Vitoriano

Leandro B. Vitoriano, 20, morreu anteontem depois de cair de uma tirolesa no parque Vale Encantado, localizado em Biritiba-Mirim (Grande SP).

A família de Leandro acusa o parque de não prestar socorro e de não oferecer equipamentos de segurança. Na tirolesa, o praticante atravessa um rio ou lago por uma corda, usando uma roldana.

A família de Leandro disse que ele caiu de cabeça e morreu porque o lago era raso. O diretor do parque, Carlos Pimenta, diz que o lago tem profundidade adequada e que o fato ocorreu porque Leandro fez uso inadequado do equipamento.

Fonte: Folha de São Paulo

A notícia acima estaria na primeira capa de todos os jornais se Leandro Vitoriano fosse algum famoso… mas ele não é. Ele é “ajudante de pedreiro”.

Livro Juventude, Lazer e Esportes Radicais, de Ricardo Ricci Uvinha, no Submarino.

Regionalismos lingüísticos – Minas Gerais e São Paulo

Faz quase quatro anos que moro em São Paulo, capital e quase 7 que moro no estado de São Paulo. Mineiro de origem, nascido e criado por 18 anos em São João del-Rei, fiz um “dicionário” com alguns termos de nossa língua portuguesa que são diferentes nos dois estados. Coloquei também os termos que existem no dicionário Michaelis, cujo significado seja o utilizado em um dos estados.

lanche
SP: sanduíches em geral. Ex.: vou comer um lanche
MG: refeição, semelhante ao café da manhã, mas à tarde. Ex.: vou lanchar agora
Michaelis (lanche): Pequena refeição entre o almoço e o jantar; merenda.

bolacha
SP: o paulista chama biscoito de bolacha
MG: bolacha para o mineiro é tipo um biscoito, mas duro, que velho geralmente come molhado no café com leite
Michaelis (bolacha): Bolo chato e seco de farinha, de diversas formas e tamanhos.
Michaelis (biscoito): Massa de farinha ou fécula, cozida no forno até ficar bem seca.

sorvete
SP: tanto sorvete quanto picolé
MG: picolé é no palito, o resto é sorvete
Michaelis (sorvete): Confeição de sumo de frutas, cremes, leite, chocolate etc., temperada com açúcar e congelada sob a forma de neve.
Michaelis (picolé): Sorvete solidificado em uma das extremidades de um pauzinho que lhe serve de cabo.

farol
SP: semáforo para controlar fluxo de carros
MG: falamos sinal ou sinal de trânsito

pão de leite
SP: pão feito de leite
MG: falamos pão doce

pão doce
SP: pão com creme em cima
MG: pão doce para o mineiro é o pão de leite do paulista

carta
SP: carteira de habilitação (de motorista)
MG: falamos carteira de motorista

funileiro
SP: profissional que restaura carros batidos ou amassados
MG: chamamos de lanterneiro
Michaelis (lanterneiro): Trabalhador especializado em recompor partes amassadas de carroçaria de automóveis.

mistura
SP: acompanhamento do arroz, feijão e salada
MG: termo inexistente no vocábulo mineiro

encanador
SP: quem arruma instalações hidráulicas
MG: falamos bombeiro
Michaelis (encanador e bombeiro): Artífice que instala ou conserta encanamentos de distribuição de água e de gás, bem como lavatórios, pias, aparelhos sanitários etc. Sin: bombeiro, bombeiro instalador, instalador.

gelinho
SP: suco de frutas congelado, dentro de um saquinho
MG: chup-chup
RJ: sacolé

calçada
SP: via onde as pessoas andam, entre a rua e as casas
MG: falamos passeio
Michaelis (calçada): Passeio empedrado, atijolado ou cimentado, para trânsito de pedestres e geralmente ao longo das casas.
Michaelis (passeio): Parte lateral e um pouco elevada de algumas ruas, destinada ao trânsito de quem anda a pé.

cândida
SP: material de limpeza, composto de clóro ativo
MG: água sanitária
Michaelis (cândida): Cachaça, pinga

mandioquinha
SP: legume, uma raiz branca que quando cozida fica amarela
MG: dizemos “batata-baroa” ou “cenoura-amarela
Michaelis (mandioquinha): Erva da família das Amiáceas (Arracacia xanthorrhiza) que produz raízes tuberosas, amarelas, muito apreciadas na alimentação humana; também chamada mandioca-salsa, batata-cenoura e batata-baronesa.

sarjeta
SP: elemento que fica entre a rua e a calçada
MG: falamos meio-fio

lotação
SP: ônibus
MG: falamos ônibus mesmo

banana nanica
SP: espécie de banana doce e grande
MG: falamos banana d’água
Michaelis (Banana-nanica): planta (Musa sinensis ou Musa cavendishii), de pequeno porte e que produz cachos grandes com frutos de boa qualidade.

laranja lima
SP: espécie de laranja bem doce
MG: falamos laranja serra d’água

Dicionários Michaelis no Submarino
Livro “Minas, os Mineiros e Seus Mineirismos: um Ensaio de Interpretação“, de Péricles Capanema Ferreira e Melo, no Submarino

População, Guerra, Suicidas e Terrorismo

Segundo o CIA World Factbook, o Brasil tem a 5ª maior população do mundo (188.078.227), atrás apenas da China (1.313.973.713), Índia (1.095.351.995 ), Estados Unidos da América (298.444.215) e Indonésia (245.452.739) – estimativas de Julho.

Para quem teve aulas efetivas de geografia do colégio, isso não é novidade. Eu estava procurando estimativa populacional do Iraque antes e depois da guerra para ver se houve redução significativa da população. Infelizmente não achei dados da população em anos anteriores, apenas a estimativa de Julho de 2006.

Eu queria verificar a hipótese de que quanto mais arriscado for viver em uma região, mais comumente pessoas se suicidariam em ataques terroristas. Isso para a religião muçulmana, onde o suícidio “religioso” não é condenado, sendo até recomendado pelos radicais.

Seria semelhante à sensação que tenho de que pequenos marginais vivendo em favelas violentas têm menos apego à vida e praticam ações mais arriscadas, como assalto a mão armada e crimes violentos, que aqueles que vivem em favelas não violentas.

Não sou economista, sociologista, antropologista ou cientista político, então definitivamente esse nunca será o tema de uma possível tese de mestrado ou doutorado, apesar de achar que existe um pingo de verdade nessas duas hipóteses.

Livros sobre o Iraque no Submarino.

Eye of the beholder

Sou um grande fã da banda Megadeth, ano passado até fui no show da turnê “ The System has Failed“. Adoro o estilo, ou seja, também gosto de Metallica , que tem uma musicalidade semelhante.

Não sei onde estava com a cabeça, mas nunca tinha escutado a música “Eye of the Beholder”, do album …And Justice for All! É simplesmente fantástica! As paradas, os riffs, a guitarra…

Esse álbum em si é incrível, com todas as músicas muito bem compostas e clássicos como “One”, “Havester of Sorrow” e “To Love is to Die”. Até parece alguns álbuns clássicos do Pink Floyd que são verdadeiras obras primas, de cabo a rabo.

Megadeth tem alguns albuns incriticáveis, como Countdown to Extinction, Killing is my Business e Peace Sells… But Who´s Buying?, mas a maioria tem umas faxas bem chatas…

O pior de tudo: …And Justice for All é de 1988! Estou fazendo um review de um clássico… com 18 anos de atraso!

Sistemas autônomos

Alguns sistemas funcionam tão bem, por tantos anos, que quando porventura chega a ocorrer algum problema, ninguém sabe como resolver, onde atuar, quem contactar e as vezes até desconhece o serviço!

Feriado em São João del-Rei

No feriado fui pra São João del-Rei. Foi inesquecível! Nunca me senti tão descansado e em tanta paz quanto no momento em que estava em minha cidade natal.

Pude perceber a alegria de meu pai, que agora parece estar mais presente, mais feliz, mais descansado e despreocupado. Meus irmãos Lucas e Iara, filhos de meu pai, estão enormes! O Lucas tá com um cabelo grande, estilo Meligeni, muito da hora!

No sábado fiquei ajudando minha mãe no discurso que ela fez no domingo sobre o patrono de sua cadeira no Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei (IHG). Seu patrono é o meu avô materno: Sebastião de Oliveira Cintra. Ficamos olhando seus manuscritos, documentos, certificados, anotações e recortes de jornais. Ainda vou postar aqui o texto que minha mãe escreveu e tenho em mente a idéia de fazer o registro digital de todo o arquivo de anotações do vovô. À noite fui com meu pai no Fishs, comemos peixe e assistimos o jogo do Brasil.

O discurso de minha mãe foi muito bonito, filmei tudo em fita. O IHG estava cheio, até o Marcelo e a Chuva foram. Almoçei com meu pai e meus irmãos Lucas e Iara. O restaurante é um novo restaurante e no mural dele tinha impresso algumas páginas do meu site sobre São João del-Rei…

Domingo fez um calor de rachar, fui com o Diogo na sorveteria do Edinho. Já de tardinha encontrei a Tati na sorveteria do centro. Dei pro Jonas toda minha coleção de latinhas (de refrigerante, cerveja, suco, chá, vinho, pinga, etc.), em torno de 350 em minha última contagem, há 5 anos. Ficava tudo guardado lá no meu quarto, eu não moro mais em SJdR e o Jonas começou a colecionar junto comigo, sempre quis algumas latinhas que eu tinha e as latinhas dele ficam em estantes de vidro no quarto dele, tudo organizado.

Segunda feira foi um dia de ociosidade, de descanso. Tirei todos os meus pertences do meu quarto, tirando minha lupa e um envelope com selos, que não sei onde o Bernardo colocou. Guardei tudo no quarto da Ananda. Aproveitei e arrumei as roupas do Bernardo, que estavam todas jogadas no chão, nas camas (minha e dele), na escrivaninha, na cadeira e em cima da cômoda e do criado mudo. Separei as minhas, que ele estava usando, as que não serviam mais nele, as novas, as que estavam limpa e o resto tudo coloquei pra lavar.

Fiquei extremamente decepcionado com o Bernardo… ele perdeu totalmente a noção de respeito, de família, de propriedade. Usa secador de cabelos para secar roupas, usa cremes e desodorantes de minha mãe, usa minhas roupas. Abriu o meu cofrinho, mexeu em minhas coisas, sumiu com alguns de meus selos. No quarto dele tinham 4 toalhas jogadas, ele toma dois ou três banhos por dia. O quarto é uma bagunça, ele não faz tarefa, perdeu média, falta aulas, usa Internet de dia, apagou minhas fotos que estavam no computador, apagou programas que minha mãe usa na tese de doutorado que também estavam no computador. Ele não respeita nossa mãe, xinga, responde, ameaça e não faz absolutamente nada que ela pede. Está grosso, sem educação, sem respeito.

Me bateu uma tristesa muito grande em ver meu irmão assim. Eu não sei o que fazer para ajudá-lo. Na minha opinião ele está com baixa estima, não tem organização e não liga para seus pertences (livros, roupas, brinquedos, etc.) pois está tudo bagunçado e destruído. Ele não é feliz, isso é fato. Ele acha que nossa mãe não gosta dele, acha que ela trata ele de maneira diferente que tratou eu, a Ananda e o Gabriel. Talvez ele não se sinta bem por seu pai não estar com boa situação financeira ou bem de saúde. Ele é invejoso, só olha para as qualidades de seus amigos e irmãos e não vê suas próprias qualidades. Ele é ocioso, fica o dia inteiro em casa, sem estudar, sem trabalhar, sem ler… sem fazer algo produtivo. O adjetivo que descreve ele é “ingrato”. Ele não percebe como as pessoas gostam dele e querem ajudar, só vê os pontos negativos, as proibições, as broncas, as negações… Além disso ele é cabeça dura e não aceita a opinião dos outros e nem sequer pondera que precisa de ajuda.

Fico pensando o que o Bernardo vai fazer daqui a 2, 3 anos. Ele já tem 17 anos e está no 2º ano. E se ele não fizer vestibular? E se ele não passar em nenhum vestibular? E se ele for morar fora e se acabar em bebidas e drogas? E se ele ficar na casa de nossa mãe e se tornar um vagabundo, ou um bêbado, ou um drogado? Sempre penso no pior. Tento imaginar quais os caminhos para ele ser sucedido na vida, como entrar em uma boa faculdade e ter condições de cursar a faculade de maneira responsável.

História da Medicina

Há 10.000 anos a doença era causada por deuses enfurecidos e espíritos malignos. A trepanação (abrir um buraco na cabeça) era utilizado para ‘liberar os espíritos’ e alguns pacientes chegavam a sobreviver!

Os chineses e japoneses conseguiram uma evolução incrível da medicina, com um enfoque não mais em espíritos ou deuses, mas no equilíbrio energético do corpo. Eles não tratavam a doença, mas o doente.

Os egípcios desenvolveram consideravelmente a medicina para os padrões ocidentais. Quando as primeiras escritas egípcias apareceram, por volta de 1500 a.C. eles já faziam emplastos, garagarejos e cirurgias, junto com magias para curar o enfermo. Imhotep foi por muito tempo cultuado como o Deus da medicina.

[comecei a escrever esse post em 21/09/04 e hoje, 03/04/08, publico-o, inacabado]

Uma piada no site Humor na Ciência:

Eu tenho uma dor de ouvido.

2000 a.C. – Aqui, coma essas raízes.

1000 d.C. – Raízes são pagãs, reze.

1850 d.C. – Rezas são superstição, beba essa poção.

1940 d.C. – Essa poção é óleo de cobra, tome essa pílula.

1985 d.C. – Essa pílula é inócua, tome esse antibiótico.

2000 d.C. – Antibiótico é artificial, coma essa raiz.