4º Passeio Ciclístico “Rota Márcia Prado”

Foi difícil acordar às 6 da manhã no domingo, mas venci o sono, tomei um café da manhã reforçado, me equipei e fui pra estação de metrô encontrar o Diego para irmos no 4º Passeio Ciclístico “Rota Márcia Prado”, do Grajaú em São Paulo até a praia de Santos pela Estrada de Manutenção da Rodovia Imigrantes (não é a Estrada Velha de Santos), ocorrido dia 9 de dezembro de 2012. Foi a primeira vez que fiz esse passeio e a primeira vez que pedalei com o novo pneu da bicicleta, o Maxxis Wormdrive.

Eu e Diego chegamos ao metrô às 7h e até a estação Luz outros ciclistas se juntaram a nós. A integração com a linha amarela ocorreu sem problemas e a cada parada mais bicicletas entravam nos vagões. Quando descemos na estação Pinheiros formou-se uma procissão de bicicletas, algumas dezenas pelo menos, subindo os 5 lances de escadaria para fazer a integração com o trem da CPTM que nos levou até a estação Grajaú, última da linha lilás.

Ciclistas no trem sentido Grajaú

Ciclistas no trem sentido Grajaú

Já eram 8h da manhã quando começamos a pedalar seguindo o fluxo de ciclistas pela Avenida Dona Belmira Marim até a mesma se tornar uma estreita rua de terra batida com uma fila de carros e um mar de ciclistas entre eles. Eram 9h20 e só às 11h25 conseguimos entrar na balsa que nos levou para a Ilha do Bororé, uma península na represa Billings.

Balsa até a Ilha do Bororé

Balsa até a Ilha do Bororé

Saindo da balsa foram mais 6km de estrada de terra e asfalto até a balsa de Taquacetuba, que liga São Paulo a São Bernardo do Campo e desta vez esperamos apenas 25 minutos para embarcar. Foram algumas subidas e várias descidas, tanto no asfalto quanto no cascalho até chegarmos à Rodovia dos Imigrantes. Pedalamos pelo acostamento, com carros da Polícia Rodoviária aqui e ali para manter a ordem entre bicicletas, carros e caminhões. Após um viaduto a polícia nos orientou a subir pela grama para pegar uma ponte, cruzá-la, voltar para a Imigrantes e pedalar na contramão pelo acostamento, que já estava segregado com cones. Foi nessa longa subida que começou uma garoa fraca, terminando em uma leve chuva trazida por forte vento contra que persistiram até a entrada da Estrada de Manutenção.

Acessando a Rodovia dos Imigrantes

Acessando a Rodovia dos Imigrantes

Começamos a descer a Estrada de Manutenção sob uma forte neblina que tornava as acentuadas e repentinas curvas bem traiçoeiras, mas logo paramos em outra fila: ter a inscrição e principalmente os freios checados pela organização do passeio. A neblina havia diminuído, mas o frio da mata atlântica da Serra do Mar fazia os ossos tremerem. Mesmo com a roupa encharcada pela chuva na Rodovia Imigrantes, vesti a capa para proteger do frio cortante.

Parada para checar inscrição e freios

Parada para checar inscrição e freios

A descida pela Estrada de Manutenção, serpenteando pelos pilares da Rodovia dos Imigrantes, foi impressionante! Uma estreita estrada asfaltada no meio da mata, com musgo e folhas secas pelas bordas, curvas fechadas beirando precipícios e muita, muita descida. A vista da serra é espetacular, com a mata fechada parcialmente coberta pela neblina e cachoeiras aqui e acolá. Na chegada ao posto da Polícia Ambiental eu já não tinha mais freio traseiro, as pastilhas traseiras transformadas em uma pasta de plástico e areia, a bicicleta coberta de um barro arenoso. O para-lamas dianteiro deixou meu rosto limpo, mas a falta do traseiro manchou minha camiseta e minha capa…

Pilares da Rodovia Imigrantes

Pilares da Rodovia Imigrantes

Daí em diante foram 20km pedalando por uma comunidade de Cubatão, por Cubatão e pela ciclofaixa de Santos até a praia, onde comemos um sanduba no quiosque de frente pro mar e voltamos para a rodoviária.

Chegada em Santos

Chegada em Santos

Voltamos para São Paulo de Viação Cometa, que saiu com 1 hora de atraso, sendo meia hora só para colocar uma dúzia de bicicletas no bagageiro do ônibus. Mesmo sendo domingo o metrô do Jabaquara até a Zona Norte foi bem rápido e antes da meia noite eu já estava de volta em casa.

Bagageiro do ônibus cheio de bicicletas

Bagageiro do ônibus cheio de bicicletas

De Grajaú até Santos foram 80,2km pedalados durante 5h50min, com uma velocidade média de 16km/h e máxima de 58km/h. Contando o tempo que ficamos parados, o passeio durou 7h!

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1 Comentários.

  1. Parabéns Henrique pela sua perda da virgindade na descida da Manu. Agora temos 10 meses para nos prepararmos para a 5ª edição em dezembro de 2013. Um abraço! Diego

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