Bom, como prometi, abaixo segue a introdução do livro “Enquanto o amor não vem”, que falei que iria digitar assim q tivesse tempo… =)
“”O que você faz enquanto o amor não vem? Em algum lugar no fundo de sua mente você sabe e espera que chegue o dia em que o relacionamento que você tem agora se torne o grande amor que você sempre esperou. Ou que, um dia, apareça alguém que preencha seu desejo de amor. Porém, a pergunta permanece: O que você vai fazer nesse meio- tempo? O amor é uma coisa engraçada. Ele nos encontra nas circunstâncias mais incomuns, no momento mais improvável. O amor cai de surpresa em cima de você, joga os braços em sua volta e transforma toda a sua existência. Infelizmente, a maioria de nós não reconhece a experiência ou entende o impacto quando está acontecendo. Talvez porque o amor raramente surja nos lugares em que esperamos ou tenha a aparência que imaginamos.
Ele era alto, magro, muito quieto, quase tímido. Eu era baixinha, gorducha e bastante, intempestiva. Eu estava sempre fazendo coisas que chamavam a atenção – normalmente atenção negativa. Ele tinha dezessete anos. Eu tinha treze. Ele era líder de um grupo em uma colônia de férias e eu tinha sido contratada durante o verão. Uma desorganização administrativa apagou meu nome da folha de pagamento. Ele foi designado para garantir que eu recebesse.
Parecia que ninguém se importava com o que estava acontecendo comigo, a não ser ele. Guiou-me através de um processo que levou semanas para ser resolvido. Enquanto íamos de escritório em escritório, de supervisor em supervisor, ele era paciente, me assegurando constantemente que tudo ia acabar bem, e eu estava com raiva. Ele era encorajador e eu realmente precisava ser encorajada! Eu acreditava nele porque me dava a oportunidade de estar em sua presença. A persistência dele finalmente foi recompensada. Recebi três cheques de quarenta e cinco dólares cada um. Foi um momento emocionante para mim. Foi uma realização para ele. Ele estava simplesmente fazendo o seu trabalho. Eu estava simplesmente apaixonada. Ele tinha outros vinte e cinco funcionários com os quais se preocupar. Eu não conseguia pensar em mais nada, a não ser ele. Havia apenas um pequeno problema que eu precisava resolver. Esse rapaz, por quem eu estava enlouquecidamente apaixonada, estava saindo com uma das minhas melhores amigas. Foi o começo do meu aprendizado.
Passei trinta anos da minha vida apaixonada por esse homem. Concluí que nunca iríamos ou poderíamos ficar juntos. Ele era muito velho para mim e eu não era boa o suficiente para ser amada por ele ou por qualquer outra pessoa. Durante esse processo de tirar conclusões, viver e acreditar, também tomei algumas decisões.
Decidi que nunca mais seria machucada pelo amor. Ainda que eu não estivesse muito certa sobre o que havia me ferido em relação ao amor, sabia que nunca mais queria ter a mesma experiência dos meus treze anos. Também decidi que nenhum homem faria comigo o que meu pai havia feito à minha mãe. O que ele havia feito não era problema meu, mas transformei em problema meu ao observar, julgar e tentar entender o que ninguém parecia capaz de me contar abertamente. Quem é que sabe a verdade a respeito do amor, ou dos relacionamentos? O que realmente havia de errado com o que eu sentia, via, com o que eu acreditava e com o que eu concluía a partir dos modelos de relacionamento que havia presenciado? Boas perguntas! Eu tinha que descobrir as respostas.
Com dezesseis anos, pensei que realmente havia encontrado o amor. Em vez disso, fiquei grávida e fui deixada sozinha para cuidar de uma criança. Com dezenove, eu sabia que havia encontrado o amor, portanto casei-me com ele. Errada de novo! Aos vinte e um, o amor me telefonou, saiu comigo três vezes e se mudou para a minha casa. Foi aí que houve um salto no meu aprendizado. Durante esse processo as coisas foram se tornando muito, muito claras. Ficou claro que tudo o que eu pensava sobre o amor não tinha nada a ver com ele. Percebi que não conseguia reconhecer o amor porque, na realidade, nunca o havia visto. É claro que eu tinha uma imagem na cabeça, mas ela não servia mais. Também descobri que o amor é mais do que um sentimento bom. É mais do que se sentir necessário ou Ter suas carências preenchidas. Levei trinta anos para perceber que o amor é uma experiência pessoal e interior de bem estar total que não combinava com nenhuma das imagens que eu conhecera até então.
Quando eu estava com meu amor dos treze anos, sentia como se pudesse voar! O erro foi acreditar que era ele quem me fazia voar. Depois de muitas aterrissagens forçadas, percebi que voar era uma coisa que eu fazia sozinha, dentro de mim, quando era capaz de relaxar. Isso mesmo, relaxar! Soltar todos os medos, feridas, decisões, julgamentos e conclusões provocados pela raiva e pelos ressentimentos. Soltar as exigências, expectativas e fantasias. O amor, descobri, é ficar quieta o suficiente para sentir o que se passa dentro de você e então aprender a reconhecer e aceitar o que está sentido.
Na presença dele, eu ficava bem. Infelizmente, eu achava que era ele que me fazia sentir bem. Passei quinze anos tentando encontrar alguém que conseguisse fazer comigo a mesma coisa que ele – tornar boa tanto a vida quanto eu mesma. Foi só quando percebi que tudo ficava bem quando eu gostava de ser do jeito que era que as coisas melhoraram e se tornaram muito mais fáceis. Foi aí que ele entrou de novo na minha vida.
A diferença de idade entre nós havia miraculosamente diminuído, e pensamos que estávamos prontos para o amor – e um para o outro. Pensamos que, porque queríamos e precisávamos um do outro, tudo sairia bem. Isso foi o que pensamos! Na realidade, ainda estávamos confusos demais, carentes demais e com medo demais de não sermos bons o suficiente um para o outro. Todos os nossos “demais” eram coroados por um monte de outras questões que nós dois carregávamos – questões da infância, questões de identidade, ou qualquer outra questão que você possa imaginar. Passamos cinco anos juntos, botando nossas questões para fora – raiva, culpa, vergonha, medos relacionados ao amor e às fantasias amorosas – sem nos darmos conta do que estava acontecendo. Finalmente, essas questões caíram em cima de nossas cabeças. Estávamos os dois em pleno processo de aprendizagem.
É isso o que normalmente acontece no processo de aprendizagem. Nele você terá uma série de experiências que podem ser dolorosas e avassaladoras, mas que acontecem para ajudar você a eliminar as falsas necessidades e tudo o que nos atrapalha no caminho em busca do amor. Livrar-se das coisas antigas é um trabalho pesado. É como a grade faxina, quando você tem que esvaziar os armários, organizar a bagunça, jogar coisas fora e arrumar a casa toda. No processo de aprendizagem, limpar, eliminar e descartar podem parecer desonestidade, infidelidade e traição às nossas coisas antigas. Não são! O que nos impede de Ter uma experiência amorosa verdadeira e honesta são todas essas coisas às quais nos agarramos.
Quando finalmente nós nos separamos, eu estava ferida. Estava com medo. Havia passado a maior parte da vida rezando silenciosamente para que esse homem me amasse. Quando ele finalmente disse que sim, não parecia com o que eu havia esperado. O processo é assim: conseguimos o que queremos apenas para descobrir que não é como pensávamos! Então nos sentimos perdidos – ou pelo menos pensamos que estamos perdidos! Eu não estava apenas perdida, estava desapontada com meu caso de amor fracassado, e achando que a culpa era minha! Passei os dez anos seguintes tentando descobrir o que havia feito de errado. Por que ele não podia me amar? O que havia de errado comigo? Se você se parece um pouquinho comigo, essas são apenas algumas das perguntas que você vai se fazer durante o processo de aprendizagem.
Conforme o tempo for passando, você irá descobrindo respostas. Acreditando que cada uma é a resposta certa, irá incorporar comportamentos e crenças novas à sua vida. Quando algumas dessas crenças e comportamentos se mostrarem também um pouco fora do rumo, você irá encontrar novas crenças, parâmetros e condições para ajustar ao processo de dar e receber amor. Pode parecer cansativo e muitas vezes você irá sentir medo, desânimo e até raiva! Mas não há outro jeito, é esse o caminho para chegar à verdade sobre o amor que você deseja tão desesperadamente. A verdade é que o amor está dentro de você e que nenhum relacionamento com alguém pode desenterrá-lo e ativá-lo na sua vida. É você quem, primeiro, tem que tomar posse dele. Esta é a verdade que eu levei dez anos para descobrir.
Nas diversas experiências que vivi durante meu processo de aprendizagem, eu tive o que, um dia, considerei relacionamentos problemáticos e desastrosos. O que percebo agora é que cada experiência me ensinou um pouco mais a respeito de mim mesma. Veja, existem estágios e níveis no processo. Você aprende um pouco e usa o que aprendeu, mas sempre existe mais para aprender. Você descobre uma coisa e começa a praticar, mas, depois de algum tempo, vai perceber que o que está fazendo não funciona mais. Essa é a beleza do processo. Ele não nos deixa estagnar. Ele nos força a crescer, e crescer um pouco mais. Porém, para crescer, temos que trabalhar. E é esse trabalho que precisamos realizar em nós mesmos para chegar ao amor que torna o processo tão desafiante.
Nada nos faz aprender mais a respeito de nós mesmos e da vida do que os relacionamentos. Falo por mim: aprendi a ser muito grata a meus professores/amantes/parceiros pelas lições que me ensinaram a respeito do medo, da raiva e da carência que eram freqüentemente camuflados como amor. Quando aprendi minhas lições e comecei a praticá-las, minha vida mudou completamente de direção. Não precisava mais fazer coisas para provar que eu era digna de ser amada. Não tinha mais medo de pedir o que queria por pavor de não conseguir. Não ficava mais com raiva quando as coisas não saíam do meu jeito. Mais importante ainda, não ficava com raiva com o que eu não conseguia ou não tinha em um relacionamento. Durante o processo, aprendi como lidar com meus próprios problemas. O problema de amar a mim mesma e de ficar emocionada comigo. Aprendi a voar sozinha.
Qualquer acontecimento em nossa vida, por mais particular que seja, tem relação com tudo o que somos e vivemos. O que você está passando em um relacionamento amoroso irá aparecer em todas as outras áreas de sua vida. Você não pode desligar os canais do seu cérebro e do seu coração como se fossem canais de televisão nos quais o programa do canal dois não tem nada a ver com o do canal dez. Os vários canais de nossas vidas são interligados e interdependentes. Os meus são! A mesma confusão que eu sentia a respeito de amar a mim mesma e amar o meu parceiro se refletia na minha carreira. Afetava o relacionamento com meus filhos. Afetava todos os meus relacionamentos com homens. Mais ou menos da mesma maneira como eu tinha um relacionamento e o perdia, tive empregos e os perdi. Mais ou menos da mesma maneira como o tempo em que ficamos juntos foi decepcionantemente insatisfatório, minha carreira foi decepcionante. Gastei quarenta e sete mil dólares na faculdade de direito, apenas para descobrir que odeio a prática do Direito.
Tive que trabalhar muito duro para tornar-me consciente de mim e para me aceitar do jeito que sou. Preciso admitir que não foi um trabalho fácil! Foi doloroso e muito assustador. Refletir, avaliar e desaprender exigem muita disposição. Tive que peneirar e descartar várias crenças e idéias a respeito de mim mesma e do amor. Em outras palavras, tive que mudar a imagem. Foi como limpar a casa, tentando identificar as coisas que estavam empoeiradas ou quebradas, jogando fora coisas das quais eu não precisava mais. Era como mexer nas gavetas e armários da minha mente. Tive que me desfazer das coisas que possuíam valor sentimental mas que já não eram práticas. Tive que admitir que algumas coisas simplesmente não me cabiam mais e que nunca mais caberiam. Verifiquei que tinha deixado as mágoas e os medos se empilharem, como roupa suja, e a pilha era impressionante. Lentamente, metodicamente, tive que limpar meu coração para me preparar para o verdadeiro amor. No meio tempo, tive que abrir caminho pela bagunça – uma bagunça enorme.
Tive que começar pelo porão da minha casa, onde toas as coisas da minha infância estavam guardadas. Isso significa que tive que desenterrar minha auto – imagem, que estava debaixo de um monte de coisas que meus pais haviam me dado. Quando vislumbrei um pouco do meu verdadeiro Eu, subi para o primeiro andar, abri as cortinas e deixei a luz da verdade expor meus medos e fantasias do jeito que eram – distorções e sombras do passado. Quando enxerguei a verdade, tive que me responsabilizar por ter permitido que a casa ficasse em tal desordem e tive que assumir o fato de que eu era a única pessoa que podia arrumar a bagunça. Havia chegado a hora de arregaçar as mangas e trabalhar para valer. Acredite, tive que Ter muita coragem para subir para o segundo andar, onde eu tinha arrumado direitinho a visão de como eu queria que as coisas fossem. Com um pouco de fé e muita confiança, eu estava finalmente pronta para me livrar das cortinas velhas e desbotadas, tapetes e móveis, reconhecendo o custo de todos os erros que havia cometido. Olhando em volta, senti como se tivesse desperdiçado muito tempo e energia, mais eu sabia a verdade. A verdade é que ninguém tem culpa. Todos nós fizemos o melhor que podíamos até descobrirmos que era preciso os tornarmos mais fortes, sábios, dispostos e prontos para fazer ainda melhor. Nossa, que sensação maravilhosa!
Resolvi exercer minha criatividade, usando novos estilos e cores, inventando um novo padrão de vida que me levou direto das coisas antigas e familiares para o terceiro andar. Era um lugar fantástico, cheio de luz e cores. Finalmente eu conseguia ver com clareza e estava extremamente feliz, porque descobria que o trabalho tinha valido a pena e que eu chegara aonde desejara sempre estar: um lugar de paz. Sentia tanto orgulho de mim mesma que convidei alguns amigos para compartilhar comigo o que eu havia aprendido. Alguns não gostaram da minha casa nova. Era diferente demais, todas as coisas haviam sumido! Eu estava muito diferente, vivendo sem medo! Quiseram ir embora. Por mim, tudo bem! Arrumei as pequenas bagunças que eles haviam feito, acreditando de todo o coração que, se mantivesse minha casa limpa, aqueles que viessem com amor ficariam. Na verdade, transformei o sótão da minha casa em um santuário para o amor. Escolhi tudo o que fiz ou falei com o maior cuidado. Quando finalmente acabei de arrumar a cama e afofar os travesseiros, virei – me e meu amor dos treze anos estava ali. Um pouco mais velho, muito mais sábio, meu amor e eu estávamos prontos para ficar juntos.
Rezei para que não chovesse. Não choveu, mas estava muito frio. Eu não sentia frio. Estava aquecida de dentro para fora naquele lindo dia de maio, o dia em que nos casamos. Eu estava quente e radiante, como as noivas normalmente estão. Tinha levado trinta anos e três casamentos, somando os de nós dois, mas estávamos mais sábios, fortes e lúcidos. Mais precisamente, estávamos apaixonados por nós mesmos, e um pelo outro. Sabíamos que agora estava certo. Sabíamos que a imagem estava clara, e que o processo vivido no meio tempo havia sido uma parte absolutamente necessária de nossa relação. Agora poderíamos passar o resto de nossas vidas juntos, tentando nos lembrar do que não sabíamos antes.
Neste livro vamos limpar a casa, o lugar onde guardamos todas as coisas em que acreditamos a respeito do amor que queremos ter. Vamos examinar aquilo que chamamos de amor, quando está acontecendo em nossa vida. Vamos examinar o amor que não dá certo, quando perdemos o controle, o amor disfarçado e todas as coisas que se disfarçam astutamente de amor. Mais importante, vamos examinar e explorar as coisas que às vezes fazemos para encontrar o amor, manter o amor e experimentar o amor.””
Bom.. é issu.. antes de qq coisa, já avisu, dixculpa por qq erro de gramatica, falta de acento certo, falta de letra…… tava meio sonolenta enquanto estava digitanto o texto…. mais ainda queria por ele aqui hj!… desculpa….
Bjux
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